Nov. 26. 2025
A cerimónia de entrega da 7.ª edição do Prémio Centro PINUS de Jornalismo Florestal decorreu na passada quinta-feira, dia 27 de novembro, no restaurante do Clube de Jornalistas, em Lisboa.
Em mais uma edição, este prémio que assinala 14 anos de existência e dispõe de um valor total de 10.000€, teve como parceiro o Sindicato dos Jornalistas, entidade que integra o galardão desde a sua génese, em 2011.
O júri decidiu, por unanimidade, distinguir seis trabalhos e atribuir quatro menções honrosas nas categorias de “Cobertura Diária / Jornalismo de Atualidade” e “Grande Reportagem / Jornalismo de Investigação”.
Na categoria “Cobertura Diária / Jornalismo de Atualidade”, Daniela Santiago, da RTP, conquistou o 1.º Prémio, no valor de 2.500€, com a reportagem televisiva “O valor do carbono”, transmitida no telejornal da RTP1. A peça analisa o contributo da floresta no armazenamento de dióxido de carbono, destacando a história de um proprietário que aposta no Mercado Voluntário de Carbono. Aprofunda também, na visita a uma escola em Lisboa construída em madeira, como os produtos à base de madeira constituem um “cofre de carbono” duradouro.
O segundo prémio foi atribuído à jornalista Sofia Fernandes (1.500€) pela reportagem da TVI “Os resineiros estão de volta a Portugal”, que acompanha o trabalho e a motivação de um grupo de resineiros, maioritariamente jovem, num baldio do concelho de Vieira do Minho. A peça segue ainda o processo de transformação da resina e foca o seu potencial de valorização no contexto da bioeconomia.
João Francisco Gomes, do Observador, recebeu o terceiro prémio (1.000€) pelo artigo “Plantas raríssimas que não são só mato, a floresta preciosa e uma descoberta por publicar. Como o fogo fustigou a biodiversidade na Madeira”. A notícia aborda o impacto dos incêndios de 2024 na biodiversidade da Floresta Laurissilva, em particular nos endemismos da ilha da Madeira.
Nesta categoria, duas menções honrosas foram atribuídas: à jornalista da Antena 1, Arlinda Brandão, com a peça “Florestas Miyawaki para tornarem Portugal mais verde” e a Paula Sofia Luz, com o artigo “O país esqueceu o seu “monge-agrónomo”, mas o Oeste insiste em relembrar Vieira Natividade”, publicado no jornal Público.
Na categoria “Grande Reportagem / Jornalismo de Investigação”, o primeiro prémio (2.500€) foi atribuído a Emanuel Boavista, da RTP, pela reportagem “Fundos não chegam à floresta”, transmitida no programa Prova dos Factos. O trabalho denuncia como as verbas europeias para a gestão da floresta não chegam aos territórios mais vulneráveis aos incêndios e nem são aplicadas na prevenção. Além de abordar as desigualdades territoriais na distribuição dos apoios da PAC em Portugal, a obra expõe as dificuldades dos proprietários em aceder ao financiamento público.
Teresa Silveira foi distinguida com o segundo prémio (1.500€) pelo artigo “Uma revolução silenciosa na floresta”, publicado no suplemento P2 do jornal Público que apresenta exemplos da implementação da gestão agrupada da floresta e da adesão às Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, sustentados por diferentes perspectivas de interlocutores do setor florestal.
Já o terceiro prémio (1.000€) coube a Celso Paiva Sol, autor do programa de rádio e podcast do Observador, “Não é se, é quando - ‘É impossível acabar com o flagelo dos incêndios?’”. Este episódio aprofunda as questões relacionadas com os incêndios rurais, políticas públicas e propostas de especialistas para reduzir a vulnerabilidade do país.
Também nesta categoria, o júri atribuiu duas menções honrosas: à jornalista Daniela Santiago pela reportagem “O abandono do pinhal do Rei” (RTP, Prova dos Factos) e a Frederico Correia pela reportagem “Alerta Vermelho: 10 anos depois da tragédia no Caramulo, o que mudou?”, transmitida no telejornal da SIC.
A 7.ª edição do Prémio Centro PINUS de Jornalismo Florestal recebeu 61 candidaturas, submetidas por 41 jornalistas de 23 órgãos de comunicação.
Este galardão voltará a ser notícia em 2027, numa nova edição que continuará a homenagear os profissionais que dão voz à floresta portuguesa.
Veja alguns dos momentos desta celebração nas redes sociais do Centro PINUS ou nesta galeria.
Sobre o Prémio Centro PINUS de Jornalismo Florestal
Criado em 2011 pela entidade que reúne os representantes da Fileira do Pinho, o Prémio Centro PINUS de Jornalismo Florestal é atribuído com periodicidade bianual e visa distinguir os jornalistas e os trabalhos que contribuem para um maior conhecimento da sociedade sobre a floresta portuguesa. Simultaneamente, reconhece a relevância da missão de serviço público desempenhada pelos profissionais de comunicação e valoriza um jornalismo livre, independente e de elevada qualidade.